Dói tanto fingir que está tudo bem quando não está. É tanta mágoa que eu sinto dentro de mim por as coisas não terem corrido como eu esperava que corressem. Eu gosto de ti e acho que eu finalmente consegui aceitar isso. Eu convencia-me de que não gostava porque era mais fácil pensar assim e aceitar as coisas como são se fosse assim, mas eu só me estava a mentir para mim mesma. Deixei as coisas tomarem proporções enormes e hoje sofro as consequências disso.
Dou uma de superada, uma de «nada me afeta» e uma de «estou bem», mas na verdade nada está bem. Eu quero apoiar-te, e por isso não demonstro o que realmente sinto, mas dói ver certas coisas. Dói saber que aquilo que nunca começou, acabou. Dói perceber que encontraste alguém para ocupar o lugar que eu queria ocupar.
A única coisa que eu quero neste momento é que esta fase acabe para que tudo volte ao que era. O amor é lixado quando ele aparece já com a ideia de ir. Ás vezes pergunto-me porque é que nós temos de levar com amores não correspondidos e toda a dor que vem com ele. Quero dizer, era mais fácil se pudéssemos logo apaixonar-nos por pessoas que darão certo connosco, pelo menos por um tempo.
Nunca sabemos quando é a última vez, o último abraço, o último beijo ou o último sorriso que compartilhamos com alguém. Pode ser hoje, amanhã ou daí a anos, mas nós nunca saberemos ao certo, porque é algo que nos apanha de surpresa. Um dia a pessoa está na nossa vida e faz-nos bem, no outro ela sai dela e aquele momento que compartilharam e que passaram juntos era o último, e é quando eu percebi isso que eu realmente compreendi aquela frase que todas as avós dizem: « Aproveita a vida e cada momento dela, porque o tempo passa e nada é permanente. ». Hoje entendi o valor que cada momento compartilhado com alguém que nos é querido tem. Até porque, na verdade, viver é isso. Viver é valorizar cada segundo da nossa existência e fazê-lo valer a pena. Por isso a mensagem de hoje é mesmo essa: Aproveitem cada momento da vossa vida porque pode ser o último e não adiem nada para depois porque não sabem se vai haver um « depois ».
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