Tu, sim tu. Tu que me ignora quando um ligeiro sorriso abre-se para ti, tu que desvia o olhar quando cruza-se com o meu, tu que parece insensível e mais forte que qualquer outro, tu que dizias amar-me, tu que dizias ter saudades minhas quando no fim de semana não nos víamos, tu que foste o meu mundo, tu que agora não se preocupa mais comigo, diz-me, como? Como é que conseguiste deixar de pensar em mim? Como conseguiste mudar de pagina, enquanto que tu eras o rapaz mais sensível que eu alguma vez vi? E porquê? Porque é que não sais da minha cabeça? Porque é que estamos assim? Porque é que não me disseste nada em relação ao que sentias? Porque é que não me disseste que os ciúmes nos estavam a afastar? Porque né, temos de ser sinceros, se não fosse eu a ir falar contigo, nunca teria ficado a saber o porque do fim. Mas agora diz-me, o que é que te impede de voltarmos do zero? Fala-me dessa moça que está a tomar o meu lugar? Gostas dela? Ou apenas queres me fazer ciúmes...
«Escrever é deixar uma marca. É impor ao papel em branco um sinal permanente, é capturar um instante em forma de palavra.» - Margaret Atwood